Policiamento comunitário
O POLICIAMENTO COMUNITÁRIO E SUA IMPORTÂNCIA SOCIAL
Fabiano da Silva Faria
As instituições policiais vêm concentrando esforços para se tornarem os institutos que a sociedade espera. Todavia, a comunidade tem necessidades implícitas, e nem mesmo todos os munícipes têm noção de suas demandas, além de não serem supridas pelo governo com suficiência, pois muitas vezes são questões amplas, mas de alcance apenas local. E para o policial, como qualquer ser humano, torna-se difícil tirar o foco de si mesmo e de suas ações, com o intuito de buscar entender as necessidades dos outros, ao interpretar fatos além de suas históricas atribuições. Sem contar que, até dias recentes, o policial tinha restrições à interação com a comunidade, pois foi doutrinado a ser antagonista social, como indivíduo pertencente a um órgão de controle social. Esse pensamento é equivocado, mas não é possível impor responsabilidades, pois isto sempre foi um problema de cultura política, na verdade. Durante o regime de exceção, as polícias foram desviadas de suas funções típicas, permitindo-se impor algumas excrescências legais, em detrimento da população. Já o povo brasileiro criou uma ojeriza sobre os organismos de segurança pública devido a esses desvios, o que não foi superado até os dias atuais, mesmo após a implantação de vários meios de comunicação entre a polícia e a sociedade.
Porém, os tempos são outros e a comunhão de interesses entre a polícia e o cidadão está sendo conduzida a um eixo comum. Dos anos 90 para cá, experiências com a filosofia de Polícia Comunitária vêm se tornando situações de sucesso em todo o país. No Estado de Goiás a implantação de programas de interação, envolvendo a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Guardas
Municipais e outras instituições ligadas à área de segurança pública, têm obtido êxito pleno ao convidar o cidadão para participar da gestão local da segurança da
comunidade,