poesias

POESIAS
Primeira
Não me vejo tão a vontade meu autoespelho não condiz com minha autorealidade não condiz não diz não ouve não há nunca houve nem haverá uma única nuvem que apazigue o sol dessa desavontade que insiste em me afrontar em me humilhar em me dizer você é apenas você e nunca será mais ninguém.

Segunda
Nesta segunda parte, estou menos afoito sinto um pouco mais de segurança me sinto bem o suficiente pra poder dizer ou melhor, escrever, sonhar, criar, viver, ver, ser, sentir, refletir, poemar. Terceira
Já é noite, não sei se você já reparou, já, é claro que sim está quente não, pois é, e o que faremos? sair? pra onde?
Tomar vinho?
Tenho um aqui, não muito bom mas tenho quer? Só tenho um copo o outro o Alexandre quebrou, se lembra?
Sempre ele, vamos chamá-lo?
Verdade, ele saiu, mas voltará, claro que sim, ele sempre volta, quer ver? Vou ligar pra ele ixi, o celular dele está desligado tudo bem, vamos tomar sozinhos quando a garrafa acabar, a noite vai junto os sonhos irão vir no outro dia uma pequena dor de cabeça, mas tudo bem.
Beba, tá esquentando.
…
…
…
já amanheceu, reparou?

Quarta
Uma vez disseram que para se ter uma campina você precisava de trevos algumas abelhas, e um pouco de fantasia pode ser que sim, mas uma campina não existe sem uma manhã é, aquela manhã que não é tecida por um único galo, aquela que precisa de um que grite de um outro que apanhe aquele grito e o lance a outro e a outro até formar um tecido um tecido com trevos abelhas galos manhãs luz-balão. Quinta
Ei,
porque parou o automóvel?
Também quero descer?
Espere Drummond.

Sexta
E você sabe da última daquela bonequinha de pano?
Aquela que só apronta, resolveu agora que quer ser dona do mundo bem que Lobato disse que ela dava trabalho mas não imaginei que tanto assim diz ela que já fez acordo com alguns líderes, não me disse quais, só sei que a vi conversando com o seu Manoel