Planos economicos

PLANO VERÃO

Introdução

De 1985 à 1994 a principal meta da condução política da Nova República era o combate da inflação, que foi o grande fantasma da economia brasileira durante a década de 80, em que era difícil prever até o valor de um alimento da noite para o dia. Tal política pautou-se por uma negociação convencional da dívida, na expectativa de que, uma vez feita a “paz” com os credores externos, estes facilitassem o ingresso de novos empréstimos, com os quais seria possível aliviar as necessidades de financiamentos domésticos do setor público.Isso foi tentado de diferentes formas através de uma série de “Planos Econômicos” que visavam a queda abrupta da inflação intercalados por períodos de controle ortodoxos. Entre os Planos destaca-se: Cruzado(1986) ; Besser(1987) ; Verão(1989) ; Collor I(1990) ; Collor II(1991) e Real(1994). Esses Planos tinham por base o diagnóstico da inflação inercial, trazendo como principal elemento o congelamento dos preços, sendo que a cada plano incorporavam-se novas características, aperfeiçoando os planos anteriores na tentativa de não incorrer nos mesmos erros.
Foi uma fase marcada por grandes oscilações nas taxas de inflação ; gráfico a seguir: Além de não ter realizado tal expectativa governamental, o acordo assinado com os banqueiros internacionais no segundo semestre de 1988 exigia do Brasil o pagamento dos juros, o que forçava a economia a gerar enormes saldos comerciais para atender aqueles compromissos.
É nesse contexto, que o Plano Verão foi instituído instituído pela Medida Provisória nº 32, de 15 de janeiro de 1989, convertida na Lei 7730/89, pelo ministro Maílson Ferreira da Nóbrega, que havia assumido o lugar de Bresser Pereira, pelo governo do presidente José Sarney.
Os meses que procederam foram marcados pela tentativa governamental de definir as regras da política econômica (preços, salários, moeda e gastos públicos) no âmbito do pacto social, mediante o acordo com empresários e trabalhadores.