Plano de negocio

Conceitos de "hedge" em mercados futuros

Rodrigo De Losso da Silveira Bueno

No presente trabalho, discute-se o conceito econômico de hedge e suas implicações. Uma discussão teórica relevante é saber se um agente operando com contratos futuros, agente esse que produz, vende ou compra o bem negociado no contrato futuro, está especulando ou agindo defensivamente contra variações de preço — hedge. Várias definições possíveis de hedge são apresentadas, tentando-se escolher a que melhor se encaixa na moderna teoria de carteiras. Em seguida, deriva-se a taxa de hedge de variância mínima para verificar se ela é compatível com a definição proposta. Ederington (1979) parece ter sido o primeiro autor a sistematizar os conceitos de hedge usados atualmente. Como enfatiza o autor, é possível fazer hedge usando o mercado de balcão, mas um mercado futuro organizado facilita as transações, na medida em que padroniza um contrato e substitui o risco de inadimplência do agente pelo risco de inadimplência da bolsa, isto é, diminui efetivamente o risco dos agentes que participam desses mercados. É importante definir exatamente o conceito de hedge, por ser ele, às vezes, mal-interpretado. Na literatura especializada encontram-se, pelo menos, três teorias para conceituar o que vem a ser hedge ou processo de hedging: Teoria Tradicional de Hedging ou Hedge Ingênuo; Teoria de Working; e Teoria de Carteira e Hedge. A cada conceito de hedge corresponde uma maneira de calcular a taxa ótima de hedge. De modo geral, pode-se entender hedge como uma operação de proteção em que o agente toma determinada posição para evitar ou diminuir variações de preço e, assim, de sua riqueza. No próximo tópico, apresenta-se o conceito tradicional de hedge. No seguinte, busca-se entender como Working define o conceito de hedge. Em seguida, define-se hedge conforme as teorias mais comuns. No tópico a seguir, discute-se a moderna conceituação e o cálculo do hedge para, em seguida, defini-lo à luz das práticas