Planejamento por cenários
A teoria contingencial nos ensina, entre outras coisas, que não há nada de absoluto nas organizações e que ela deve se adequar a uma série de fatores que podem influenciar. Tudo é relativo. Tudo depende. Então, podemos perceber que o planejamento de cenários gira em torno da crença em alguns desses conceitos.
Há indícios do surgimento dos cenários por volta dos anos posteriores a segunda guerra como método de planejamento militar. Porém atingiu um novo patamar por volta dos anos 70 a partir dos trabalhos de Pierre Wack no grupo Shell que foi capaz de antever o impacto das mudanças no preço do petróleo influenciadas pelas decisões políticas dos países da OPEC (Organization of Petroleum Exporting Countries). A estratégia denominada planejamento baseado em cenários é um planejamento elaborado pelas empresas levando em consideração algumas variáveis, onde a organização pode coletar materiais, efetuar análises e promover entendimentos sobre elementos que poderão afetar o desenvolvimento de suas atividades.
O planejamento por cenários não gira em torno, como pode ser pensado, da previsão de um futuro certo. Isso, como sabemos, é impossível. Na verdade, propõe a ideia de que nós podemos pensar em possíveis futuros, dos mais otimistas aos mais pessimistas, de acordo com variáveis internas e externas em relação à organização. Portanto, propõe uma programação para que se um dos futuros que foi anteriormente traçado de fato vier a se tornar realidade, a organização esteja preparada.
O planejamento por cenários pode se iniciar a partir de um simples questionamento: “E se?”. É a partir disso que se constroem previsões sobre o que pode acontecer no futuro.
Ao planejar cenários, a melhor opção, claro, seria o planejamento da maior quantidade possível. Porém, existem alguns problemas em relação a isso, como por exemplo, os altos custos envolvidos no processo e também um longo período de tempo necessário. Também, a filosofia implícita no