Pirâmides, sistemas e gestão de projetos
Gerenciar escopo, prazo e riscos é fundamental na administração de projetos.
Que diferença há entre erguer uma pirâmide no Egito Antigo e implementar um moderno e complexo sistema de informações? Inúmeras, mas duas chamam a atenção: a construção de uma pirâmide tinha prazos elásticos (gerações) e recursos virtualmente infinitos (material e escravos, milhares de escravos). O desenvolvimento de sistemas de software de média/grande complexidade nos coloca o desafio de especificar, implementar e testar autênticas obras de engenharia em prazos enxutos (poucos meses ou anos) e com recursos finitos (orçamentos, plataformas tecnológicas e equipes de projeto).
É provável que os egípcios usassem formas rudimentares de administração de suas grandes obras (faraônicas, de fato), como de resto todas as grandes obras de engenharia e arquitetura ao longo da história da humanidade devem tê-lo feito. A Revolução Industrial contudo trouxe nova exigência: eficiência. A produção em larga escala guiada pela otimização de tempos, movimentos e custos. Assim, a partir do século XIX, com o advento dos conceitos de Administração Científica e a introdução de controles e previsibilidade nas organizações, inicia-se a formalização de práticas e ferramentas de administração de projetos. Contudo, são os programas militares e espaciais americanos iniciados nos anos 50, os grandes impulsionadores da disciplina de Gestão de Projetos. Mais recentemente, instituições como o PMI (Project Management Institute), nos EUA ou o IPMA (International Project Management Association), na Europa vêm contribuindo para a consolidação teórica e a difusão de experiências e melhores práticas na área.
Em última instância, práticas bem-definidas e sistemáticas de gestão de projetos visam a garantir que objetivos claramente estabelecidos entre contratante e contratado sejam atingidos em prazos aceitáveis (para ambas as partes), com alocação ótima de recursos. Ou seja,