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A produção do espaço urbano tem sido questão de estudo da geografia, por abordar a reconfiguração espacial, o espaço social em sua totalidade, e seus diversos recortes.
Especialmente a partir da década de 1960-70, com a o surgimento de uma nova corrente a
Geografia Crítica que, ao enxergar o espaço através do materialismo histórico-dialético, percebe as suas desigualdades, suas contradições e organizado a partir de uma lógica capitalista, de produção e reprodução do capital. Assim a formação do espaço urbano, tendo neste estudo em específico o foco em uma pequena cidade, embora não contendo a dinâmica das grandes cidades, contém agentes produtores do espaço ativos e perceptíveis em sua construção e reconfiguração.
Neste sentido, compreender como se encontra a produção e organização do espaço de uma pequena cidade, a exemplo de Alexandria-RN como construção social, ou seja, socialmente produzido, refere-se à ação dos agentes locais. Nesse sentido, sobre esse assunto
Carlos (2011, p.) coloca que a: “[...] produção do espaço, a partir da geografia, permite concebê-lo como condição, meio e produto da reprodução da sociedade, definindo-o como processo/movimento em constituição com a própria sociedade.” Ou seja, se dá através das ações humanas no espaço geográfico, onde podemos verificar os processos de mudanças sociais. O conceito de espaço urbano é semelhante ao de espaço no sentido em que esse é segregador, desigual e historicamente produzido pelo homem. Como bem coloca Corrêa
(2000, p.11), P á g i n a | 106
A produção do espaço urbano na pequena cidade de Alexandria-RN: o caso do bairro Novo Horizonte
Fablênia Tatiany de Farias
Larissa da Silva Ferreira
106 GEOTemas, Pau dos Ferros, Rio Grande do Norte, Brasil, v 2, n. 2, p. 101-119, jul./dez., 2012.
O espaço urbano capitalista – fragmentado, articulado, reflexo, condicionante social, cheio de símbolos e campo de lutas – é um produto social, resultado de ações acumuladas