Peça de teatro baseada em "A dama das camélias"

“A luz, a mesma luz com que são feitos sonhos e ilusões”
Estava deitada ao meu quarto lendo pela terceira vez o livro favorito de Marguerite
Julie: O que se há de fazer quando as luzes estão indo para escuridão? [Julie disse a si mesma, calando-se ao ouvir passos se aproximando da porta].
Ouvi o ranger da velha porta de nosso quarto se abrindo devagar e sentindo um cheiro muito bem conhecido no ar, era Marguerite. Virei-me para o livro esperando que ela me dissesse onde estava tão tarde da noite.
[Marguerite entra no quarto em silencio e não fala com Julie]
Julie: Geralmente as pessoas costumam cumprimentar as outras quando chegam nos lugares...[Julie diz com tom de indiferença]
[Marguerite reclama baixo]
Marguerite: Boa Noite, Julie.
Julie: Onde andavas assim tão tarde da noite? Pois sei que está de camélias vermelhas
Marguerite: Minha vida particular não importa para você.
Julie: Desde que eu sou responsável por você, importa sim, qual é, você sempre contou tudo pra mim.
Marguerite: É verdade, antes de você parar de me ajudar e começar a jogar as coisas na cara e me privar de viver a minha vida.
Julie: Marguerite, não começa...
Marguerite: Não começar o quê!? A dizer o quê você faz? Como você tem sido idiota e repugnante? Não dá pra impedir que uma bomba exploda se você já acendeu o pavio!
Julie: Ótimo! Fique você com os seus dramas e sua bomba, eu não vou me meter mais! [Julie deixa seu livro e bate a porta]
Marguerite: ÓTIMO! [Marguerite grita]
[Marguerite se senta a beirada da cama, e começa a tossir até sentir sangue saindo de sua boca.].
[Armand vê Julie correndo para fora do campus e vai ao quarto das duas]
[Armand bate na porta]
[Sem resposta resolve abrir a porta e encontra Marguerite sentada tossindo]
Armand: Marguerite! Você está bem? [Armand vai em direção dela e a levanta]
Marguerite? Estou bem, só estou um pouco/muito irritada [tosse baixo com a mão na boca]
Armand: Por quê? O que aconteceu?
Marguerite: Briguei com a