Percepção

2. GESTALT

Essa teoria da psicologia surge na Alemanha, com uma primeira publicação feita por Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1941) dando início aos estudos da Gestalt em 1912. Essa palavra alemã não possui uma tradução exata no português, as traduções próximas são “forma” ou “configuração” e por não serem traduções consideradas perfeitas para expressar a palavra usamos o nome originalmente dado a teoria (Gestalt). Esses estudiosos estavam preocupados em entender qual a parte da psicologia está envolvida na ilusão de ótica (quando nós percebemos algo com uma forma diferente do que tem na realidade). A pesquisa inicial apresentada por Max Wertheimer se baseava na reprodução rápida de figuras estáticas dando a ideia de movimento, estudo que levou o nome de “fenômeno-phi”. É o que acontece no cinema, a fita cinematográfica que roda em 24 qps (24 quadros por segundo) dando o efeito que vemos nos cinemas. Esse efeito é uma ilusão de ótica que ocorre devido a pós-imagem retiniana, a imagem não se apaga imediatamente de nossa retina, vão sobrepondo-se uma sobre a outra causando essa sensação de movimento, mas na verdade não passa de uma fotografia imóvel. Segundo a teoria de Gestalt o nosso cérebro é dinâmico, ele faz uma interação entre todos os elementos, ele possui princípios próprios de ação como se fosse um “auto-organizador” de estímulos externos.

3. PERCEPÇÃO

A percepção é o tema central dessa teoria, os gestaltistas dão grande importância para o que percebemos e como percebemos pois são dados fundamentais para compreendermos o comportamento humano. Na Gestalt estudamos o comportamento de forma ampla para que não perca seu significado quando isolado, como é estudado no behaviorismo por exemplo. Até mesmo quando recebemos uma parte de um objeto como informação tendemos a completar as partes que faltam, na