Penicilinas
Os antimicrobianos classificam-se em antibacterianos, antifúngicos, antiprotozoários, anti-helmínticos e antivirais. Antibacterianos são divididos em antibióticos, sintetizados por fungos, e quimioterápicos, produzidos em laboratórios. Os primeiros ainda predominam, mas frequentemente são manipulados quimicamente (semi-sintéticos). Os antibióticos são sintetizados por alguns microrganismos para se defender de outros, sendo caracteristicamente muito toxico para a célula bacteriana e, em geral, pouco toxico para o homem.
A descoberta dos antimicrobianos – a partir da identificação da atividade microbiana de sulfas (os primeiros quimioterápicos) e penicilinas (os primeiros antibióticos) – é reconhecida com um dos grandes avanços da humanidade. Mudou-se o curso inexorável de algumas doenças infecciosas graves, como tuberculose e endocardite bacteriana. Mais recentemente, novos sucessos foram obtidos, como a descoberta dos anti-retrovirais empregados no manejo da SIDA. A evidente eficácia criou a expectativa de que antimicrobianos fossem igualmente uteis em toda e qualquer doença infecciosa. Tal fato só ocorreu parcialmente. Em algumas infecções corriqueiras, como a de vias respiratórias altas e diarréias infecciosas, e em outras graves, como septicemia, ainda não se delimitou claramente a utilidade de antimicrobianos.
Essa realidade levou a frequência e inadequado emprego de antimicrobianos. Uso em infecções não-sensíveis e doenças não-infecciosas, sob esquemas inadequados, especialmente em profilaxia, terminaram por gerar resistência microbiana, decorrente da capacidade infinita de muitos microrganismos desenvlverem mecanismo de defesa. O enfoque desde trabalho é sobre as penicilinas que constituem uma das mais importantes classes de antibióticos e são amplamente utilizadas no tratamento clinico de infecções causadas por diversas bactérias. A estrutura-base da penicilina consiste de um anel tiazolidínico (A), um anel betalactâmico (B) e uma