pedagogia

CONFISSÃO DE UM GRANDE AMOR

Amor, como não posso falar-te face a face, vou dizer por esta carta apenas uma parte do que sente o meu coração agora.

Sei que você está longe, mas hoje sei que você existe, então, aí onde você está, olha nos meus olhos, penetre dentro deles, chegue bem perto e me abrace, mas me abrace muito forte, me deixe ficar envolvida neste abraço e então, ouça o que vou dizer.

Sinta o meu coração, ele está batendo acelerado, é como se este abraço não suprisse a necessidade deste meu coração.

Amor deixe que essas batidas falem por nós dois, Sabe, estou emocionada, tão emocionada como nunca na vida me sentir.

Diz Amor, conseguiste entrar pela retina dos meus olhos? Então, agora se sente eis um baquinho à porta do meu coração, sente e ponha-me no seu colo e me abrace, me aconchegue neste laço, porque, deveras, preciso muito dele.

Sabe amor, eu não quero chorar neste momento, é a minha primeira conversa contigo, então eu quero falar do tempo em eu vivi na solidão do meu próprio mundo, o meu mundo interior.

Ah meu amor, quantos sonhos o vento levou e quantos anseios este mesmo vento me trouxe, quantas luas prateadas reluzindo no alto do céu eu vislumbrei sozinha.

Quando via o mar banhado pela luz de prata então eu pensava onde tu estavas, para quem ia o teu sorriso, a quem tu davas o teu toque, o teu carinho, o teu calor.

Quantas lágrimas derramei meu amor, pensando em você que eu nem mesmo sabia onde estava, quantas noites passadas rolando em insônia.

Quantas manhãs fui despertada pelo canto dos passarinhos e vi o sol se levantar do seu sono profundo, nestes momentos sentia um grande e imensurável desejo de partilhar toda essa beleza com você, você que eu nem sabia onde estava.

Quantas tardes na varanda de minha vida eu vi o sol descer mansamente na linha do horizonte causando um espetáculo indescritível no céu desejando estar sentada lado a lado segurando sua mão ou quem sabe apenas fazendo companhia desfrutando do