Paula Brito

O Fluminese e suas influências
Francisco de Paula Brito, nasceu em 1809 no Rio de janeiro, de família humilde, aprendeu a ler e a escrever com sua irmã mais velha. Aos 15 anos, começou a trabalhar como aprendiz de arte gráfica na Tipografia Nacional, antiga impressão régia. Segundo Eunice Gondim, autora do livro Vida e Obra de Paula Brito, foi neste primeiro emprego que aprendeu seu ofício. Passou a trabalhar na tipografia de Ogier e em seguida na tipografia de Pierre Plancher (fundador do Jornal do Commercio) na qual ocupou inúmeras funções, destas: diretor de prensa, contista, redator, tradutor e compositor gráfico. Permanecendo nesta última até abrir seu próprio estabelecimento a Tipografia Fluminense de Brito e C., fato que ocorreu em 1830 após comprar de seu primo uma loja de encadernação de livros.
Durante o período regencial (1831-1840), a imprensa continuou a realizar um papel imprescindível, afinal era uma ferramenta crítica, que informava o público sobre as propostas políticas de grupos que disputavam o poder. Paula Brito exerceu um importante papel como editor do jornal A Marmota Fluminense, no qual publicou os primeiros textos de Machado de Assis. Brito, usufruía de uma política editorial independente. Apesar dos riscos assumidos ao adotar esta política crítica, ele conseguiu criar, um espaço de sociabilidade. A partir de sua clientela, formada por grupos de políticos e literários que se reuniam para publicar seus trabalhos, criou a Sociedade Petalógica.
Paula Brito também traz à tona discussões étnicas e de gênero, ao criticar a submissão da mulher diante do homem e o quadro opressivo que era vivenciado pela comunidade negra da época. Passou a ser considerado um dos precursores da imprensa negra no Brasil. Podemos observar esta temática presente no periódico O Homem de Cor, do qual era editor, em seus textos para o Jornal do Commercio, com o pseudônimo P.B., assim como no jornal A mulher do Simplício, também conhecido como Fluminense Exaltada,