Parnasianismo e Pré-Modernismo

O Pré- Modernismo conserva tendências das estéticas da segunda metade do século XIX (Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo), e uma de suas principais características foi a preocupação de trazer para a literatura a realidade brasileira. Os representantes desse período tinham em comum o anseio de retratar o Brasil como ele é, sem idealizá-lo, apresentando os problemas sociais e culturais de várias regiões do país.
Já o Parnasianismo foi um período literário onde os poetas não se deixavam abater por causas externas, tendo uma ótica neutra de capturar a realidade, cultuando a poesia voltada para si mesma. Possuíam ideais antissentimentalistas, antirromantismo, pois pregavam que tais peculiaridades acabam por comprometer a capacidade imaginativa, o profissionalismo poético do artista.
Na obra-prima Os Sertões, Euclides da Cunha narra a guerra de Canudos, unindo literatura e conhecimentos científicos, principalmente do âmbito sociológico. Assim, ele não apenas narra o fato histórico (as lutas do conflito), mas também analisa as características do solo do Sertão nordestino e do povo que lá habitava, tentando captar a essência do espírito do homem sertanejo (percebendo a força que esse tinha) e o crescimento do povoado de Canudos. O autor teve influências positivistas, darwinistas e deterministas, apresentando o sertanejo como produto do meio em que vive, árido e hostil.
Canaã pode ser caracterizado como um romance ideológico, onde o autor Graça Aranha discute o destino histórico do Brasil, focalizando a colônia alemã no Espírito Santo e apresentando os contrastes culturais entres os imigrantes e a população local. A obra apresenta uma discussão sobre valores étnicos e suas ideias têm como base a filosofia de Nietzsche e o evolucionismo de Darwin.