Paraíso Paleotécnico

MUMFORD, Lewis “Paraiso Paleotécnico: Coketown” In: A cidade na história. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

1. Como Nasceu Coketown

“A tendência à concentração nas atividades econômicas e a considerar como desperdício de tempo o esforço gasto noutras funções, pelo menos fora de casa, vinha crescendo continuadamente desde o século XVI.” (pg 567)

“A rotina escrava das minas, cujo trabalho constituía um castigo intencional para os criminosos, tornou-se o ambiente normal do novo trabalhador industrial. Nenhuma daquelas antigas cidades fugia ao velho ditado: “trabalhar sempre sem brincar faz de João um mau rapaz.” Coketown especializou-se na produção de maus rapazes.” (pg 567)

“Os agentes geradores da nova cidade eram a mina, a fábrica e a ferrovia. Mas seu sucesso em desalojar todos os conceitos tradicionais da cidade devia-se ao fato de que a solidariedade das classes superiores estava visivelmente aluindo: a corte tornava-se extranumerária e a própria especulação capitalista passava do comércio à exploração industrial, a fim de alcançar as maiores possibilidades de engrandecimento financeiro.” (pg 568)

“Os recém-vindos, bebês ou imigrantes, não podiam esperar pelos novos bairros: acumulavam-se onde quer que houvesse espaço disponível. Foi um período de vasta improvisão urbana: o improvisado acumulava-se apressadamente sobre o expediente.” (pg 571)

2. Mecanização e Abbau

“A agricultura cria um equilíbrio entre a natureza selvagem e as necessidades sociais do homem. Restaura, deliberadamente, o que o homem subtrai da terra, ao passo que o campo amanhado, o pomar bem cuidado, os vinhais podados, os legumes, os cereais, as flores, todos são exemplos de um propósito disciplinado, de um crescimento ordenado, de uma forma bela. O processo de mineração por outro lado é destruidor: o produto imediato da mina é desorganizado e inorgânico; e o que é uma vez tirado do veio ou da pedra não pode ser recolocado.” (pg 573)

“A partir dos anos de 1830, o