Palestras para a sindrome sro
A respiração oral é decorrente de múltiplos fatores que levam a uma obstrução nasal completa ou incompleta, podendo ser uni ou bilateral. Representa uma queixa freqüente nos ambulatórios de otorrinolaringologia, de pediatria e até mesmo nos de clínica médica. Um estudo realizado na cidade de Londrina, no Paraná com 496 crianças de uma escola fundamental, encontrou uma prevalência de respiradores bucais nesta população de 56,8%. Ao analisar um respirador oral (figura 1) deve-se ter em mente que respiração oral não é uma doença e sim uma síndrome com sinais e sintomas característicos e com um grande número de etiologias, tanto intrínsecas quanto extrínsecas ao nariz. Tal síndrome incide principalmente na faixa etária pediátrica, e é justamente nessa faixa que as repercussões do tratamento inadequado são mais importantes e evidentes.
Figura 1 - Facies típica do respirador oral. 1) QUADRO CLÍNICO O paciente respirador oral pode ter sintomas típicos que variam desde os da apnéia do sono até uma obstrução leve do trato respiratório, o que pode, muitas vezes, dificultar a distinção entre um respirador nasal, um respirador oral eventual e um respirador oral obrigatório. Os principais sinais e sintomas de respiração oral estão apresentados na tabela 1. Tabela 1 - Sinais e sintomas do respirador oral • • • • • • • • • • • • • • • Obstrução nasal Dor de garganta Ardência ou prurido na faringe Muco espesso aderido à garganta Tosse seca persistente Cefaléia matinal IVAS recorrentes Halitose Enurese noturna Sonolência / Irritabilidade Dificuldade alimentar / aerofagia Mau aproveitamento escolar Facies de respirador oral crônico Aumento de cáries dentárias Deformidades dento-faciais 1
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Faringe opaca com metaplasia granulosa e mais vascularizada Pectus scavatum
Como já foi discutido, nem todos os sinais e sintomas estão presentes no paciente que procura o serviço médico. A apresentação de sintomas isolados pode mascarar a respiração oral,