Ostentação

Dois ou três pitacos sobre a ostentação

Recentemente tivemos um episódio lamentável envolvendo um grupo de rapazes que invadiu um shopping, entre outras coisas, cantando músicas do subgênero musical Funk Ostentação. O subgênero, advindo do Funk Carioca, surgiu em São Paulo entre os anos 2009-2010 e trás em sua essência letras envolvendo carros de luxo, dinheiro e mulheres, seguindo uma linha próxima dos rappers americanos como 50 Cent. Primordialmente há de se destacar o Funk Carioca como o ponto de partida para chegarmos aos seus derivados, dentre eles existe o Funk Melody tratando de amor, o chamado Pancadão, que desenvolve temas sobre desigualdade social e a vida nas favelas e o Proibidão com letras sobre criminalidade voltando-se também ao sensual. É importante que haja essa distinção de subgêneros para que o stigma, “é tudo putaria”, carregado pelo termo Funk seja suavizado. O Funk possui atualmente como grande difusora a internet. Esta permitiu que seu público conquistasse seu estaço simbólico, vejamos que a página no Facebook “Funk Carioca”, possui quase 350 mil curtidas e os vídeos no youtube recebem números extrondosos de visualizações. Poderíamos dizer que o funk adquiriu seu status fora das redes sociais, no entanto o episódio do “rolezinho” demonstra que não é bem assim.

O segundo dia do ano recebeu a seguinte notícia “Com churrasco e cerveja, jovens fazem pancadão em mata sob a Imigrantes, em SP” no jornal Folha de São Paulo. Com o intuíto de se divertirem, jovens, claramente pertencentes às camadas de menor poder aquisitivo, se reuniram em um local de responsabilidade do Parque Estadual da Serra do Mar, este escolhido devido ao fato de que "Aqui a gente não incomoda ninguém. Estamos no meio do mato", como afirma o operador de máquinas, Nailson Vieira, 23. A festinha figurou entre as notícias com o maior número de comentários no jornal, gerando ideias interessantes como nos prestigia o internalta Myself:
“Ao contrário: esses "funkeiros"