Os Sofistas - Protágoras
Devido a Platão e Aristóteles houve uma acepção negativa do termo, desvalorizando e considerando o período como um de decadência do pensamento grego. No séc XX houve uma reavaliação e a conclusão foi de que os sofistas constituem um elo indispensável na história do pensamento antigo. Como iniciou o movimento?
A filosofia da physis havia chegado em seu limite, não havia mais respostas. Portanto, foi necessária a busca por novos caminhos. Por outro lado, manifestaram-se fermentos sociais, culturais e econômicos que favoreceram o desenvolvimento do movimento Sofista e por ele foram favorecidos.
Os sofistas conseguiram deslocar o interesse da natureza (physis e do cosmo) e voltá-lo para o homem e, assim, centrou seu interesse sobre a ética, a política, a retórica, a arte, a língua, a religião, a educação, ou seja, tudo aquilo que hoje chamamos de cultura do homem.
Com os sofistas inicia-se o período humanista da filosofia antiga. A Sofística e seus antecedentes A crise da aristocracia a partir do crescente poder do povo (demos), o grande fluxo de estrangeiros, principalmente em Atenas, que difundia culturas e quebrava os limites do comércio e tornava inevitável a comparação entre aquelas. Esta crise levou ainda ao questionamento do Arete e de seus valores. A possibilidade de ascensão do povo colocou em xeque a teoria de que a “virtude política” é algo inato e não adquirido. O conhecimento de outras pólis fez com que os cidadãos percebessem que o que era considerado quase como um dogma não tinha valor em outros meios.
Os Sofistas souberam aproveitar de maneira impas o período de inconstâncias em que viveram, explicando-as, e dando-lhes forma e voz. Eles foram os portadores das novas ideias aos quais os jovens, cansados de tradições, tanto ansiavam. Tudo isso permite compreender as características dos Sofistas de difundir a cultura, tornando-a uma