Os pilares da terapia comunitária
A terapia comunitária está fundamentada teoricamente em cinco pilares, sendo eles pensamento sistêmico, teoria da comunicação, antropologia cultural, pedagogia de Paulo Freire e resiliências. Que significam, o pensamento sistêmico criada pelo Ludwing Von Bertalanfly, busca compreender a inter-relação existente entre as partes e o todo. As crises e os problemas são observados e resolvidos como partes integradas de uma rede complexa, cheia de ramificações, que interligam as pessoas num todo. Envolvem o corpo, mente e emoções e o contexto cultural, no qual estão interligados e todas influenciam uma as outras. A abordagem sistêmica percebe a pessoa humana na sua relação com a família, com a sociedade, com seus valores e crenças contribuindo para a compreensão e transformação do indivíduo.
A teoria de comunicação, para Watzlawick os processos de comunicação interferem no comportamento. Todo comportamento é comunicação. O comportamento tem valor de mensagem numa ação interacional. A atividade ou a inatividade, as palavras ou o silêncio, mesmo não intencionais, possuem um valor de mensagem. Não há como não se comunicar. Os princípios da terapia da comunicação aplicados na terapia comunitária indicam que todo sintoma tem valor de comunicação. Isso significa que as queixas e os problemas apresentados estão comunicando um desequilíbrio familiar ou social.
A antropologia cultural ressalta que os valores e as crenças são fatores importantes na formação da identidade do indivíduo e do grupo. Adalberto Barreto considera que a transformação social só será possível quando considerar duas vias: a do conhecimento científico e a do saber popular. A pedagogia de Paulo Freire, ele afirma “Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos, na pratica social de que tomamos parte”. O método Paulo Freire é um chamado coletivo a todos os membros da raça humana para criar e recriar, fazer e refazer através da ação e reflexão. Descobrindo novos