Os novos tipos de família hoje

A Nova Evolução Pai, mãe e filhos: esse era o conceito de família tradicional. Felizmente, esse ponto de vista está se modificando progressivamente e pode ser explicado através de elementos históricos, e, baseando-se nisso, não existirá, futuramente, uma família-modelo. Historicamente, há vários fatores que justificam o desmembramento do clássico núcleo familiar. É possível citar a inclusão da mulher no mercado de trabalho e o surgimento do divórcio no século XX. O primeiro contribuiu para uma inversão de papéis entre o “chefe de família” e a dona de casa; o segundo, para um recomeço de um casamento ruim com uma nova família (ou duas, visto do ângulo dos filhos). Além disso, na Literatura Brasileira, em livros como O Cortiço, de Aluísio Azevedo, tem-se exemplos de relacionamentos homoafetivos, até então chamados de “tabu”. Tudo isso mostra que está ocorrendo uma modificação no pensamento das pessoas. Já hoje, existe uma melhor – mas não completa – aceitação dessa mudança. A mídia possui um papel fundamental nisso, uma vez que está incluindo em filmes, séries e novelas famílias fora do padrão e diferentes entre si, e isso foi crucial para “abrir os olhos” da sociedade. Não se pode esquecer, também, de que o Brasil é um país laico, e, já que o modelo brasileiro foi baseado em conceitos da Igreja Cristã, os brasileiros devem acolher as uniões de outras – ou nenhuma – crenças sem preconceito. Existem pesquisas, ainda, que comprovam que, em vinte anos, todos os novos modelos se consolidarão, o que não é surpreendente, porque, segundo o IBGE, eles estão em 50,1% dos lares. Dessa forma, não resta nada à sociedade conservadora além de contentar-se com o fato de que essa é uma alteração inevitável e irreversível. Os novos estilos de família, portanto, não devem ser visto como contrários aos valores consagrados, e sim como uma evolução.