Os kaingang do tibagi

Os Kaingang do Tibagi

O trabalho do Professor Lucio Tadeu Mota da Universidade Estadual de Maringá parece-nos mostrar como se deu as primeiras rotas que puderam adentrar ao interior do Paraná e ainda encontrar muitos indígenas, que serão vilipendiados na tentativa de capturas para trabalhos em fazendas paulistas e vitimas de um processo de catequização obrigatório, No entanto durante o desenvolvimento do trabalho devemos nos atentar ao interesse de desmistificar a ideia de que tudo ocorreu pacificamente sem que houvesse quase nenhuma resistência indígena, como sempre nos tentaram convencer em todos os escritos.
Aqui trabalharemos as rotas feitas da ilha de São Vicente no Litoral Paulista até a cidade de Guairá, rumando ao Paraguai ainda com parada em Santa Catarina, encontrando nesse trajeto índios do Clã dos Guaranis e índios Jê composto pelos Kaingang e Xocleng.
Umas das provas de que a construção dessas rotas não foram muito pacificas e se tornaram um grande desafio é que no principio do século XVI, os primeiros aventureiros não retornaram das expedições. Em 1531/1532, Aleixo Garcia sai da ilha de São Vicente rumo ao Peru conseguindo seu objetivo. No entanto ao iniciar a caminhada de volta foi abatido por índios Guaranis. Houve também o aventureiro Jorge Sedenho, que se orientou pelas pistas deixadas por Aleixo Garcia, mas que foi abatido durante a travessia do Rio Paraná. A caravana de Francisco Chaves a mando de Martins Afonso, sai de São Vicente com oitenta homens e jamais regressou, ao que mostrado no texto foi atacado por índios Carijós.

Um homem que obteve sucesso em abrir caminhos pelas terras paranaenses sem que fossem mortos pelos índios foi D. Alvar Nunez Cabeça de Vaca. Este veio da Espanha para se governador da cidade do Rio da Prata, desembarcou em Santa Catarina em São Francisco com um contingente de 250 homens e cerca de 26 cavalos com o objetivo de chegar até Assunção no Paraguai, para isso ele faz o caminho conhecido como rota de