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1768 palavras 8 páginas
A grande novidade no centenário de nascimento do escritor capixaba Rubem Braga (1913-1990), comemorado hoje, não é a descoberta de uma reveladora crônica escondida no fundo da gaveta, mas a redescoberta de um velho Braga ao qual novos leitores não tiveram acesso. Dos cinco livros programados para marcar a data, um deles reúne textos apenas conhecidos por quem estava vivo há 60 anos e lia o combativo Correio da Manhã (1901-1974), jornal carioca pelo qual passaram os críticos Otto Maria Carpeaux e Moniz Vianna, entre outros.
Organizado pelo professor de literatura Augusto Massi e publicado pela José Olympio, casa onde Braga estreou, Retratos Parisienses, previsto para chegar às livrarias no dia 1.º de fevereiro, traz 31 textos inéditos em livro e que exploram um lado menos conhecido do cronista: o de crítico de arte e intelectual, capaz de falar com desenvoltura tanto da filosofia de Jean-Paul Sartre como da poesia de Jacques Prévert, passando pela pintura de Chagall e Picasso.
Autor de 15 mil crônicas, publicadas ao longo de 62 anos de jornalismo, Braga descrevia-se como uma máquina de escrever – “com algum uso, mas em bom estado de funcionamento”. Produzia para ser publicado no dia seguinte. Comparava, enfim, seu ofício ao de um cigano, “que toda noite arma sua tenda e pela manhã a desmancha”. O tempo mostrou ser impertinente tal comparação. O efêmero pode ser o ponto de partida de algumas dessas crônicas, mas o de chegada é a certeza do valor literário de Braga, atestado em livros como o infantil O Menino e o Tuim (a ser reeditado também em fevereiro), e antologias como O Lavrador de Ipanema e 200 Crônicas Escolhidas (março), os três da Editora Record.
Além desses títulos, a José Olympio coloca nas livrarias, ainda em fevereiro, uma reedição de Na Cobertura de Rubem Braga, do jornalista José Castelo, ensaio biográfico de 1996, feito com fragmentos de suas crônicas. Essa tarefa só foi possível porque, como escreveu o crítico Davi Arrigucci Jr. num ensaio dos

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