Organização Social das Tribos Tupis

- Organização Social das Tribos Tupis -

O texto de autoria do sociólogo e político paulista, Florestan Fernandes – capítulo segundo da obra História Geral da Civilização Brasileira, de Sérgio Buarque de Holanda – retrata, como o título explicita, a organização social das tribos tupis. Entende-se por tribos tupis, aquelas pertencentes ao mesmo grupo linguístico, o Tupi. Sabe-se que diversas tribos, de vários grupos étnicos, já habitavam a América Portuguesa. Contudo, devido à presença constante, e em maior número, as tribos tupis foram descritas com mais relevância e precisão às demais tribos. O intenso contato entre os conquistadores e os tupis, resistente e contributivo, por parte dos segundos, colaboraram muito para que houvesse a demasiada descrição sobre esse grupo. Segundo o autor, tem-se, veementemente, o costume de engrandecer os atos portugueses e o de abominar os atos indígenas. Entretanto, pode-se repensar isto. Há duas faces nesse período de conquista: a dos portugueses e a dos indígenas. Assim como houve atos heróicos portugueses, houve também indígenas. Todavia, não lhes bastaram seu heroísmo e sua coragem para que não vissem ser destruído o seu mundo e ser tomada a sua terra. Cabe a este trabalho descrever, de modo geral, a organização social dessas tribos tupis, suas relações e grupos sociais; organização e divisão do trabalho; seus laços de parentesco; a organização tribal e a reação à conquista portuguesa; o primeiro contato com o homem branco e suas relações; a agricultura e a escravidão; a chegada dos jesuítas e a reação indígena (Confederação dos Tamoios; A submissão voluntária; e a preservação da autonomia tribal. Temas que se desenvolverão ao longo deste trabalho. Os tupis foram descritos pelas fontes quinhentistas e seiscentistas. As tribos habitavam o litoral, nas regiões que atualmente correspondem aos estados do Rio de Janeiro, da Bahia, Maranhão e Pará. O autor ressalta que os tupis, praticando pratica da horticultura, a