Oralidade e escrita

711 palavras 3 páginas
O autor e pesquisador Luiz Antônio Marcuschi, em seu texto “Oralidade e Letramento”, do livro “Da Fala Para a Escrita: Atividades de Retextualização”, diz ser impossível fazer relações entre fala e escrita e investigar oralidade e letramento sem considerar seus usos nos vários contextos da vida cotidiana. Mais do que uma simples mudança de perspectiva, o autor defende uma nova concepção de língua e de texto, vistos agora, como um conjunto de práticas sociais.

Adotando a posição de que lidamos hoje com práticas diferentes de letramento e oralidade, Marcuschi reforça que as variações e manifestações lingüísticas correntes são determinadas pelos usos que fazemos da língua e que, a partir dessa premissa, o objeto central de suas investigações será o que fazemos com a linguagem, ou seja, analisará as formas a serviço dos usos.

A escrita tornou-se um bem social indispensável, símbolo de educação, desenvolvimento e poder, alcançando um valor social superior à oralidade e servindo muitas vezes como forma de discriminação. A fala é adquirida naturalmente em contextos informais, no dia-a-dia, enquanto a escrita é adquirida formalmente, através da escola, e, talvez esse, reflete o autor, seja o caráter gerador de seu prestígio.

A fim de desfazer o mito da escrita como representação de raciocínio lógico e desenvolvimento e a sua supervalorização adquirida, o autor diz que a alfabetização evidentemente é fundamental, mas é necessário que se entenda que ambas, fala e escrita, são imprescindíveis para a sociedade, e que não se deve confundir os papeis e nem discriminar seus usuários. Interessante, diz ainda, seria se refletir melhor sobre a importância e o lugar da oralidade hoje, já que redescobrimos que somos seres orais.

O autor sugere a distinção das dimensões de relações entre língua falada e língua escrita. Apontando conceitos breves de oralidade e fala, letramento e escrita, ele aborda as várias tendências de estudos que se ocupam dessas relações, apontando

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