Operações ribeirinhas

I. INTRODUÇÃO
As operações anfíbias são operações lançadas do mar para a terra, com o objectivo de projectar forças numa costa hostil ou potencialmente hostil, e estas dividem-se em vários tipos. Sendo assim as forças que desencadeiam as operações anfíbias podem também desencadear operações em ambiente ribeirinho.
É nesta perspectiva que na cadeira de Operações anfíbias, vem patente as Operações Ribeirinhas como um dos temas por ser estudado. Estas são operações que se desenvolvem em águas interiores, onde as condições de navegação são deficientes, bem como se prevê a entrada em emboscadas pelas forças que estejam a operar.
As AF não são as únicas forças que podem conduzir operações ribeirinhas mas, pela natureza do seu treino e equipamento, elas podem ser configuradas para conduzir, ou contribuir para as operações ribeirinhas. Contudo, uma análise detalhada da missão e uma avaliação da ameaça devem ser sempre conduzidas antes de empenhar as AF nas operações ribeirinhas, a fim de assegurar que o seu treino e o equipamento são apropriados para a missão e a ameaça.
Este trabalho tem como objectivo explicar e avaliar a execução das operações em ambiente ribeirinho, onde para tal trar-se-á nele, os tipos de operações ribeirinhas e o seu ambiente no qual se desenvolvem.

2. OPERAÇÕES RIBEIRINHAS
2.1 Generalidades
Segundo o MANUAL DE OPERAÇÕES ANFIBIAS (VOL. I- Ex. n°001): “As operações em ambiente ribeirinho também são conhecidas por Operações em águas interiores, as quais são conduzidas no interior terrestre, na costa ou nos deltas, compreendendo as áreas terrestres e aquáticas, caracteriza-se pela falta de LOC terrestres.”
Na área ribeirinha é provável existirem grandes superfícies de água e/ou rotas aquáticas (águas interiores incluem rios, lagos, etc.), que fornecem caminhos naturais para o transporte e as comunicações. O ambiente é tridimensional, pois abrange a superfície, sub-superfície e o aéreo. As rotas aquáticas servem como LOC principais e,