Operações de soma e subtração e sua correlação de valor significante para a criança.
Assis Marçal
Kamii1 considera que o aprendizado da aritmética requer a participação mental ativa e autonôma da criança, condição esta que é obtida mediante a substituição do processo instrucional tradicional por atividades que surgem a partir das situações cotidianas em sala de aula, conjuntamente ao uso de jogos em grupo.
Segundo a autora, a criança não aprende o conceito de número a partir do meio ambiente, antes, ao contrário, ela constrói mentalmente este conceito. Por decorrência desta afirmação, fica claro que a forma mais adequada Ao processo de construção conceitual pela criança seja feita por meio das interações sugeridas pela autora.
Por outro lado, como o pensamento infantil é de natureza mais concreta que abstrata conduz o professor a imaginar maneiras e estratégias diversificadas que possibilitem estabelecer a correlação entre o conceito numérico e o elemento físico, objeto da representação. Quer dizer, este raciocínio é tanto válido para a conceituação do número como representante simbólico de quantidades quanto para fornecer a base para desenvolver os conceitos de soma e subtração aritméticas. Exemplo tácito que pode ser aplicado para a facilitação deste aprendizado é a utilização de ábacos.
Contudo, conforme consideram Passos & Romanatto ( Guia de estudos, pg. 56 ), desde que se respeite os limites da capacidade da percepção infantil. Ou seja, o aprendizado dos algoritmos de soma e/ou subtração não apresenta em si mesmo dificuldades quanto ao seu aprendizado pelas crianças.
Segundo este algoritmo, a soma ou subtração deve ser realizada a partir do algarismo posicionado na extremidade direita do número ( isto é, o algarismo pertencente à casa das unidades ) em direção ao algarismo da extremidade esquerda do número, de tal modo que a soma ou subtração seja feita sempre entre os algarismos pertencentes à mesma casa