Onibus 174

No filme, nota-se como ás pessoas podem mudar de acordo com a realidade imposta pela sociedade, o sujeito que estava ali no ônibus anunciando um sequestro, ao olhar de seus parentes, ele nunca seria capaz de uma atitude como aquela. Ninguém nasce com um instinto criminoso. Essa situação foi gerada pelos diversos fenômenos que afetaram a formação daquele homem quando criança, que nunca seria capaz de sequestrar um ônibus, naquele momento ele não buscava dinheiro, não era apenas um sequestro, ele queria reconhecimento, queria ser visto pela sociedade, buscava demonstrar para a sociedade até onde o homem pode chegar para sair de situações onde ele é visto como lixo e mais um das vitimas de humilhação social.
A participação da sociedade nessa situação se aplica em todos os pontos, pois se a população não tratasse as pessoas que moram na rua com discriminação, como se fossem o lixo da sociedade, e buscassem ajuda-los essa situação poderia ser bem diferente, pois o reconhecimento que ele buscava seria suprido pela ajuda mutua da sociedade.
Weber diz que toda conduta humana dotada de um significado subjetivo dado por que a executa, o qual orienta seu próprio comportamento tendo em vista a ação, passa presente ou futura. O que se apresenta bem claro no filme, onde Sandro busca desesperadamente reconhecimento social, e planeja um sequestro para conseguir esse reconhecimento.
Já Marx, divide ação social em quatro ações fundamentais, ação social racional com relação a fins, ação social com relação a valores, ação social afetiva ou ação social tradicional, Sandro age de acordo com a ação social com relação a valores onde ele não se orienta pelos fins e sim pelo valor daquilo, no caso ele entra naquele ônibus sem pensar nas consequências só queria o reconhecimento social.