oncovirologia

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PAPILOMAVIRUS E CARCINOGÊNSE

É amplamente aceito que o papilomavírus humano está envolvido na gênese da grande maioria dos carcinomas de células escamosas anogenitais.
A confirmação por Zur Hausen, em 1996, da associação dos HPV com câncer de pele e de orofaringe reforça a teoria dos PV serem considerados como os mais comuns entre os vírus carcinogênicos.
Os papilomavírus abrangem um amplo e desuniforme grupo de pequenos vírus de ácido desoxirribonucléico pertencentes à família Papillomaviridae .
Esses vírus tem tropismo epitelial infectando através de pequenas lesões do epitélio, durante o ato sexual ou por ocasião de parto natural, em mulheres infectadas. O tempo de incubação da infecção pode ser variável e a latência ou persistência desse patógeno, no organismo, ainda é pouco conhecida.
O PV está coligado a lesões hiperplásicas: epiteliais cutâneas, mucocutâneas e mucosas e que em humanos costumam ocasionar uma variedade de lesões benignas como verrugas (papilomas), neoplasias intra-epiteliais anogenitais, além de papilomas nas regiões da orofaringe e esôfago proximal. O vírus, bem difundido na natureza, é também localizado em outras distintas espécies de animais.
Vários trabalhos ultimamente têm abalizado a associação dos PV na origem de processos displásicos intraepiteliais e carcinoma de células escamosas.
Experimentos de carcinogênese induzida por estes vírus são bem estabelecidos em coelhos e em bovinos. Em humanos, relatos realizados em 1995, por um grupo de trabalho da International Agency for Research on Câncer (IARC), têm confirmado a forte associação de certos tipos de papilomavírus humanos (human papillomavirus, HPV) com as neoplasias do trato genital, sobretudo a do câncer do colo uterino.
Os HPV tipos 16, 18, 31 e 45 para Villa, como outros, são reconhecidos como os de alto risco para o desencadeamento de processos neoplásicos por estarem presentes em mais de 90% dos cânceres de colo de útero. Embora em menor frequência, também foram

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