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o definisse. Irene vai mostrando que as pessoas não falam errado, mas sim diferente. Por exemplo, quem fala pranta em vez de planta, utiliza-se de um fenômeno chamado de rotacismo e não pode ser considerado um erro. Ela mostra que esses possíveis erros cometidos pelos falantes do PNP têm uma explicação lógica na história da língua portuguesa, haja vista que se trata de uma língua de origem latina da qual se originaram também o italiano, o romeno, o francês, o sardo, o catalão e o espanhol. Enquanto o PNP é natural, transmitido, apreendido, funcional e marginalizado, o PP é artificial, adquirido, aprendido, redundante e oficial. Enquanto isso, as alunas vão discutindo, expondo suas idéias, tirando conclusões e aprendendo. Todas ficam empolgadas com as aulas e isso permite que Irene possa ir, aos poucos, expondo todas as suas teses que nortearam seu livro, que pretende lançar em breve. Entre um almoço, um passeio, uma boa noite de sono, um reforçado café matinal, elas vão discutindo e aprendendo tudo sobre o PNP. Inclusive, passaram a chamar um pequeno cômodo da casa de Irene de Escolinha, onde se realizavam as aulas. Após toda a explicação teórica, chegou a vez de partir para a prática língüística. Primeiramente, Irene aborda os principais fenômenos fonéticos da língua, começando pela rotacização do L nos encontros consonantais, que consiste na troca do L pelo R após uma consoante, prática bastante comum entre os falantes do PNP. Por exemplo, muitos dizem Cráudia, grobo, ingrês e broco em vez de Cláudia, globo, inglês e bloco. Esse fenômeno tem explicação na origem de algumas palavras que vieram do latim e sofreram esse tipo de transformação ao passarem pelo francês, pelo espanhol, até chegar ao português. Irene cita, ainda, alguns versos de Os lusíadas, de Camões, onde o grande poeta escreve (frauta ,frechas, pruma, pubrica, ingrês) e mostra que ninguém deu risada dele. Em seguida,

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