Oi gntttttt

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A Indústria do Sangue
Nos últimos dias, várias campanhas lembraram os brasileiros da importância da doação de sangue. Diversos municípios organizaram esquemas para estimular as coletas num esforço coordenado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde. Segundo o ministério, 1,9% dos brasileiros doa sangue regularmente. A taxa está dentro do parâmetro de 1% a 3% definido pela OMS, mas, segundo o ministério, precisa melhorar. Para doar sangue é preciso ter entre 18 e 67 anos, pesar mais de 50 quilos e comparecer a um hemocentro com documento com foto e válido em todo território nacional.
Os brasileiros costumam responder a essas campanhas com belas demonstrações de altruísmo. O doador sadio acredita que fazer o bem sem olhar a quem gera uma corrente de solidariedade que também o beneficiará quando estiver na posição incômoda de precisar de uma doação. Se a doação é gratuita, é compreensível que a maioria imagine que terá acesso ao sangue gratuitamente quando precisar dele. Engana-se.
Quem já precisou internar um parente num hospital particular para fazer uma cirurgia cardíaca, por exemplo, provavelmente já passou pela experiência de se surpreender com o tamanho da conta a acertar antes da saída. Só de banco de sangue, a família pode gastar R$ 10 mil ou mais.
E quando o paciente é atendido pelo SUS num hospital de grande porte que também recebe doações de sangue? Aí a coisa fica difícil de entender e de aceitar. O sangue que chega de graça à instituição passa a valer cerca de R$ 1.500 por litro depois de armazenado.
Os administradores de banco de sangue argumentam que os custos inerentes à atividade (pagamento de funcionários, testes para identificar vírus presentes no sangue, conservação das bolsas etc) encarecem o produto. Abusivo ou não, esse valor é cobrado do SUS. Ou seja: é cobrado de todos nós que, com nossos impostos, mantemos esse sistema funcionando aos trancos e barrancos.
Não pretendo desestimular as doações. Elas ainda são

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