Odebrech x gradin

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Na primeira metade dos anos 70, a família Odebrecht, à beira da falência, iniciou uma parceria, com a família Gradin, que comprando parte de suas ações (20,6%), a consolidou novamente no mercado. Essa aliança bem-sucedida, chegou ao fim 30 anos depois.
No dia 7 de dezembro de 2010, instalou-se na Justiça da Bahia o maior litígio empresarial em curso no país.
De um lado, a família Odebrecht, controladora de um dos dez maiores grupos brasileiros, com ramificações na construção, na petroquímica e na produção de etanol.
Do outro, a família Gradin, sua sócia minoritária, com 20,6% de participação.
Na origem dessa sociedade, estiveram dois empresários, o patriarca Norberto Odebrecht, que fundou o grupo nos anos 40 e Vitor Gradin, que se juntou a ele em 1974.
O que era uma afinidade de dois senhores nascidos na primeira metade do século 20, tornou-se uma disputa entre seus descendentes, empresários do século 21.
Marcelo Odebrecht, o neto de Norberto que hoje dirige o grupo, decidiu reorganizá-lo e, num remanejamento de ações, os Gradin, que cuidavam das áreas de petroquímica, óleo e gás, foram afastados da empresa. Além disso, o valor dos 20,6% que eles tinham na sociedade virou uma questão de opinião.
Segundo Odebrecht, valem R$ 1,5 bilhão, conforme avaliação realizada pelo Credit Suisse, em dezembro de 2009. Segundo os Gradin, o dobro. Como a sociedade previa que, em caso de conflitos, se recorresse à arbitragem (cláusula 11.8 do acordo de acionistas), os Gradin contestaram a legalidade do remanejamento do grupo.
Seriam nomeados os árbitros, eles examinariam os papéis e apresentariam suas conclusões. Problemas desse tipo resolvem-se geralmente em seis meses. Sem arbitragem, no ritmo da Justiça, é coisa para dez anos.
No dia 14 de dezembro de 2010, a juíza Maria de Lourdes de Oliveira de Araújo decidiu iniciar os procedimentos para a instauração da arbitragem. Três semanas depois, a Odebrecht pediu que a decisão fosse revogada. A juíza não só a manteve, como

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