Norbert Elias

Segundo o sociólogo Norbert Elias, o tempo é apenas uma construção social feita pelo homem, juntamente aos relógios e calendários, pois para Elias "em um mundo sem homens e seres vivos, não haveria tempo e, portanto, tampouco relógios ou calendários". Uma vez que todos nós somos auto-coagidos, isto é, somos impostos automaticamente a seguir uma linha cronológica de tempo para realizar nossas atividades no dia a dia. De modo que muitas vezes é dispensável a utilização de relógios ou despertadores para nos lembrar de nossos compromissos, pois certas atividades já estão impregnadas em nossas mentes através de um processo civilizador, que de acordo com Elias, acabou impondo aos homens um número maior de atividades, e assim como maior dependência e complexidade nas relações sociais. Portanto, exigindo algo que regulasse tais relações, nesse caso, o denominador se chama ‘’tempo’’. "...Com a crescente urbanização e comercialização, tornou-se cada vez mais urgente a exigência de sincronizar um número cada vez maior de atividades humanas e de dispor de um retículo temporal contínuo e uniforme como marco comum de referência de todas as atividades humanas. Foi tarefa das atividades centrais (profanas e religiosas) preparar esse retículo e assegurar seu funcionamento. Dele dependia o pagamento ordenado e recorrente de tributos, interesses, salários, e o cumprimento de outros muitos contratos e obrigações, assim como os numerosos dias festivos que os homens descansavam de seu cansaço.’’ Norbert Elias.
Pode-se comparar a teoria da coação social a respeito do tempo de Norbert Elias com o sistema de produção toyotista. Visto que nesse modelo certos princípios são estabelecidos com a finalidade de se atingir a eficiência industrial, como por exemplo: inicia-se a padronização dos produtos, acabando com a improvisação, há uma qualificação, treinamento e seleção de trabalhadores, o controle das atividades na fábrica, etc. Todas essas medidas foram instaladas com o objetivo de se