Nina Rodrigues
A analise do texto se dá em uma comunidade da Bahia, denominada Serrinha e é analisado por Nina Rodrigues como um estudo de raças, e associa a idéia da mestiçagem com a desgenerência e crime, os habitantes de Serrinha são tidos como trabalhadores, calmos, homens de bem , a maioria dos habitantes são pardos, que acaba por reunir as raças branca, negra e amarela, a predominância das cores negra e parda é grande e em menor numero os brancos e mestiços, os mestiços de negros com índios são mais numerosos que na capital.
Do ponto de vista de Nina, diante de um momento de grandes transformações a raça negra se torna uma ameaça ao status, pois o grande número de negros interfere na representação da sociedade brasileira.
Nina afirma que fator principal da degeneração do mestiço é, antes de mais nada a consangüinidade, ainda que o clima e a higiene também interfiram nessa avaliação, e ele comprova isso quando fala da inferioridade do negro e mestiço em relação aos brancos, talvez essa seja uma explicação sobre o racismo existente até os dias atuais, para ele existia uma hierarquia entre as raças. Dessa maneira a diferença de raças se dá através de fatores biólogos e através da hierarquia de raças, o que justifica a diferença de raças e culturas. O homem branco europeu era tido como sinônimo de civilizado, culto e moralmente evoluído, já o negro seres inferiores e não chegariam jamais a um grau de maturidade intelectual comparado ao homem branco europeu.
O autor faz uma classificação de mestiçagem entre o mestiço responsável, o degenerado e o irresponsável, e sugere que as responsabilidades sejam atribuídas de acordo com o grau de classificação de cada raça, seja na ordem racial, biológica ou social.
A classificação da mestiçagem no Brasil é dificultada, pois o mestiço nem é branco