Niethze

1131 palavras 5 páginas
NIETZSCHE E O IDEALISMO ALEMÃO.

Aluna: Marcelle Costal de Castro

Rio de Janeiro 2013
A obra de Nietzsche é de certa forma pouco aprofundada no cenário brasileiro.Contudo, seus temas são estudados e discutidos academicamente. Tanto é assim que já se perfilam “escolas” com diferentes interpretações. Não obstante, podemos afirmar que existem pelo menos duas linhas de interpretação predominantes. Uma que analisa a sua obra como algo novo, que rompe com a tradição da filosofia clássica alemã. A outra, compreende que mesmo a filiação e o enraizamento de Nietzsche na tradição “clássica” devem ser compreendidos, sobretudo, a partir de uma atmosfera cultural tipicamente germânica, cujos antecedentes remontam à obra de Winckelmann e Goethe e se estendem por todo o Idealismo Alemão. Neste sentido, este trabalho procura analisar a contrariedade de Nietzsche ao idealismo alemão a partir da segunda ótica, pois pensamos que não há como não relacioná-lo ao panorama do idealismo. Por mais que ele não concorde, Nietzsche é filho de seu tempo, e bebe na fonte teórica do idealismo, que ao mesmo tempo o impulsiona para a reflexão crítica.
A verdade para Nietzsche, era de certo modo pensada como a mais pura “realidade”: como o discurso que revelava a essência das coisas, que estão na base da filosofia clássica alemã. Nietzsche arrisca-se a dizer que mesmo os céticos possuíam a verdade (uma crítica bastante usual ao ceticismo): afinal quem negasse a possibilidade de um conhecimento verdadeiro, intrínseco da natureza das coisas precisaria supor que tem razão ao dizer isso. Nesta realidade Nietzsche observa uma contradição entre o mundo venerado pelo idealismo alemão e o mundo em que vivemos.
Como Hegel, Nietzsche critica o dualismo moderno, sobretudo o kantiano. Todavia, também critica Hegel, ao colocar o problema em termos do dualismo sujeito-objeto, ainda que para criticá-lo. Nietzsche não está satisfeito; nem com o kantismo

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