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A dieta mediterrânica pode ser uma poderosa ferramenta de abertura de novos mercados para os produtos que a compõem, com base no exemplo do azeite, enquanto produto, e no exemplo das campanhas promocionais do Conselho Oleícola Internacional, enquanto estratégia/programa de utilização desta ferramenta.
A dieta mediterrânea e os novos mercados do azeite
O interesse pela Dieta Mediterrânica teve início, algo paradoxalmente, nos Estados Unidos. Nos anos 60, o Prof. Ancel Keys, da Universidade do Minnesota, ficou profundamente impressionado pela baixa incidência de doenças cardiovasculares e pela comparativamente elevada esperança de vida observada entre as populações mediterrânicas, o que o levou a pensar que poderia existir uma relação entre o consumo de gordura, o aumento do colesterol e o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares.
Assim, com a “descoberta” e expansão da dieta mediterrânica, assistiu-se a uma procura crescente daquela que é a sua principal fonte de gordura – o azeite – porque a adopção da dieta mediterrânica e do estilo de vida que lhe está associado significam utilizar o azeite em substituição de outras gorduras, nomeadamente as gorduras saturadas e as hidrogenadas, e não para além destas ou juntamente com estas.
O mercado mundial do azeite
O impacto da boa nova na dieta mediterrânica na evolução do mercado mundial do azeite foi enorme, sobretudo tendo em conta características muito particulares do azeite e da sua economia no conjunto dos vários produtos agrícolas mediterrânicos.
O mercado mundial do azeite esteve desde sempre limitado pela geografia da sua produção, circunscrita às duas faixas do globo situadas entre os paralelos30º e 45 º dos hemisférios norte e sul, atendendo aos requisitos edafo-climáticosda olivicultura. Actualmente, 95% da superfície oleícola mundial encontra-se concentrada na Bacia mediterrânica, onde o azeite é produzido há mais de