Neoplasias orais em cães e gatos, principais tipos e características

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
DISCIPLINA DE ODONTOLOGIA VETERINÁRIA

NEOPLASIAS ORAIS EM CÃES E GATOS, PRINCIPAIS TIPOS E CARACTERÍSTICAS

UBERLÂNDIA, 2014.
Neoplasias orais em cães e gatos, principais tipos e características

Nos últimos anos tem-se evidenciado um grande aumento do número de animais convivendo com seres humanos, dentre eles destacam-se o cão e o gato, que na atual sociedade tem o papel de companheiro, mas também em alguns casos torna-se membro da família. Devido a isso, o número de atendimentos veterinários se elevou, bem como a realização de exames diagnósticos (SOUZA, 2005).
A cavidade oral e a faringe dos cães domésticos é o quarto local de ocorrência mais frequente de tumores, sendo eles benignos ou malignos. Correspondem a cerca de 6% da ocorrência de tumores em cães (FERRO et al., 2004; TORRES, 2011).

Em geral as causas de neoformações orais são (ODONTODOG, s/d):
Genéticas
Viróticas (papiloma)
Tumorais (carcinoma, osteossarcoma, melanoma, outros)
Inflamatórias (granulomas, hiperplasias)
Processos irritativos crônicos
Desconhecidas

Os tumores malignos costumar originar-se de tecidos moles, como melanoma, carcinoma de células escamosas e fibrossarcoma (TORRES, 2011).
As neoplasias malignas possuem como principal característica o crescimento rápido e incontrolável, destrutivo, difuso, com infiltração local, dor e ulceração. Podem formar metástases e seu prognóstico é reservado, mesmo com tratamento (TORRES, 2011).
Nos cães o tumor maligno mais comum é o melanoma maligno, chegando a 30-40% dos tumores orais, seguido de carcinoma espino celular e fibrossarcoma, em gengiva (sítio mais acometido), mucosa alveolar, palato e língua (FERRO et al., 2004; TORRES, 2011).
Já em gatos o carcinoma espinocelular é o tumor oral mais comum, seguido do fibrossarcoma e raramente melanoma, este corresponde a cerca de 2% dos casos malignos de orofaringe dos gatos domésticos, localizando-se mais