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O CASO DORA. Fragmentos da análise de um “Caso de Histeria” - Sigmund Freud
Aula do Curso Fundamentos da Psicanálise Freudiana
Por Vanda Basso- Membro do Laço Analítico Escola de Psicanálise Sub-Sede Cuiabá/MT.

INTRODUÇÃO
Primeiro grande tratamento psicanalítico realizado por Sigmund Freud, anterior aos do Homem dos Ratos (Ernst Lanzer) e o Homem dos Lobos (Seguei Constantinovitch Pankjeff), a história de Dora, redigida em dezembro de 1900 e janeiro de 1901 e publicada quatro anos depois.
Através desse caso, ele procurou provar a validade de suas teses sobre a neurose histérica – tiologia sexual, conflito psíquico, hereditariedade sifilítica – e expor a natureza do tratamento psicanalítico, muito diferente da catarse e da hipnose, e já então fundamentado na interpretação do sonho e na associação livre.
Vejamos um fragmento da obra de Freud: “Na análise da paciente a quem dei o nome de Dora [1905e], realizada em 1899, tive conhecimento da cena que ocasionou a irrupção da doença daquele momento. Tentei inúmeras vezes submeter essa experiência à análise, mas nem mesmo exigências diretas conseguiram da paciente mais que a mesma descrição pobre e incompleta. Só depois de ter sido feito um longo desvio, que a levou de volta a mais tenra infância, surgiu um sonho que, ao ser analisado, lhe trouxe à mente detalhes daquela cena, até então esquecidos, e assim uma compreensão e solução do conflito do momento tornaram-se possíveis”.
Como sabemos, no entanto, o conflito de um neurótico torna-se compreensível e admite solução somente quando é remontado à sua pré-história, quando uma pessoa volta atrás ao longo do caminho que sua libido seguiu quando ela adoeceu.

O PAI DE DORA.
Nascida em Viena, numa família da burguesia judaica abastarda, Ida era a filha caçula de Philipp Bauer (1853-1913) e Katharina Gerber-Bauer (1862-1912). Acometido por uma afecção sifilítica antes do casamento, Phillip só enxergava de um olho desde que ela nascera. Grande industrial, ele

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