Mídia educação estética

A mídia-educação como método de uma educação estética

Para iniciar este trabalho que trata da mídia-educação como método de uma educação estética, vale refletir sobre o que escreveu Theodor W. Adorno (1995, p. 16): “A educação já não diz respeito meramente à formação da consciência em si, ao aperfeiçoamento moral, à conscientização”, pois há, nos mais diferentes cenários, “armadilhas” de uma subjetividade burguesa, que dissemina (e impõe) valores e padrões de conduta. Adorno comenta que a TV, como meio de comunicação, tem lá seu viés educativo, mas também apresenta “uma espécie de função formativa ou deformativa” nas consciências dos espectadores. Os meios de comunicação em geral são vestígios da modernidade, se a cada ano novos lançamentos envolvendo os eletrônicos despertam a atenção dos usuários, as mensagens, que para Adorno não são tão modernas assim, exceto se houver um olhar crítico sobre o conteúdo, precisam de atenção de pesquisadores da área de Educação, pois estão cada vez mais inseridas (diretamente ou não) dentro do espaço escolar.

Jovens ouvidos pela autora do livro O que é mídia educação (2009), Maria Luiza Belloni, afirmam que a TV é uma fonte de saber, assim como a escola (p. 31) e por este motivo, veem a mídia como forma de socialização do que ela chama de “nova geração”. Este processo de socialização que ocorre por meio da TV é repleto de valores, crenças, representações sociais e padrões de modos de pensar e agir. Neste sentido, de um lado estão a família, a religião, a classe social e o bairro que são, sem dúvida, fatores que diferem os espectadores mais jovens, enquanto na outra ponta estão a escola e a mídia, que têm sido, segundo Belloni, objetos de identificação entre eles. (p. 33). Portanto, por que não utilizar estes dois últimos, a escola e a mídia, como parte de uma educação estética, em que se valoriza o mundo sensível humano, onde se intenciona educar o ser humano integralmente?

Educar por meio da sensibilidade é