Métodos matemáticos de estudo da absorção

Biofarmácia e Farmacocinética
Aula No 4

Sumário: Métodos matemáticos de estudo da absorção. Abordagem compartimental e não compartimental

As fases biofarmacêuticas e farmacocinéticas de um fármaco funcionam como fenómenos em cadeia, pelo que o processo mais lento impõe a sua cinética ao conjunto. O galenista tira partido deste fenómeno para criar formas de libertação retardada ou prolongada, i.e. devido a um artifício galénico nas etapas biofarmacêuticas, ele retarda a disponibilização do p.a ao nível da barreira intestinal e, por conseguinte, seu aparecimento na circulação geral.

Para calcular a cinética de absorção devemos ter em conta:
1. Que não pode ser calculada separadamente, é preciso determinar o conjunto distribuição + eliminação para poder calcular a cinética de aparecimento do p.a na circulação geral.
2. É importante calcular a cinética de disponibilização do p.a e as quantidades libertadas: duas formas que disponibilizem a mesma quantidade de p.a a velocidades diferentes podem ter efeitos terapêuticos ou tóxicos diferentes.
3. A escolha dos métodos matemáticos a empregar no cálculo da cinética de absorção depende do tipo de modelo cinético que sigam os processos de distribuição, eliminação e absorção do fármaco em estudo. O quadro a seguir resume os métodos usados. (Fig. 3.1)

Modelo de um compartimento - Ordem um: Método dos resíduos (e.v.) Método de Wagner-Nelson (e.v.)

- Ordem diferente de um: Método de Wagner-Nelson (e.v.)

Modelo de dois compartimentos - Ordem um: Método dos residuos (e.v.) Método de Loo-Reigelman (e.v + i.v.) Método incremental (e.v.)

- Ordem diferente de um: Método de Loo-Riegelman (e.v. + i.v.) Metodo incremental (e.v.)

Modelo de mais de dois compartimentos - Ordem um: Método dos resíduos (e.v.)

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