Museus e bienais
Quando a Segunda Guerra acabou, em 1945, o Brasil dispunha de reservas acumuladas para investimentos. O comércio internacional era favoravel, a Europa, empobrecida, precisava ser reconstruida, e os empresários europeus necessitavam de dinheiro para investir em suas indústrias.Assim, muitos deles puseram à venda suas obras de arte, a preço de liquidação. Não haveria melhor momento para montar uma coleção européia de grande valor no Brasil.
Nesse cenário, três museus – o Masp e o MAM, em São Paulo, e o MAM do Rio de Janeiro – foram fundados no final dos anos de 1940 por empresários que desejavam ser reconhecidos como patrocinadores de um projeto cultural moderno.
MASP
O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (mais conhecido pelo acrônimo MASP) é uma das mais importantes instituições culturais brasileiras. Localiza-se, desde 1968, na Avenida Paulista, cidade de São Paulo, em um edifício projetado pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi para ser sua sede. Famoso pelo vão-livre de mais de 70 metros que se estende sob quatro enormes pilares, o edifício é considerado um importante exemplar da arquitetura brutalista brasileira e um dos mais populares ícones da capital paulista, sendo tombado pelas três esferas do poder executivo. Instituição particular sem fins lucrativos, o museu foi fundado em 1947, por iniciativa do paraibano Assis Chateaubriand e do ítalo-brasileiro Pietro Maria Bardi. Ao longo de sua história, notabilizou-se por uma série de iniciativas importantes no campo da museologia e da formação artística, bem como por sua forte atuação didática. Foi também um dos primeiros espaços museológicos do continente a atuar com perfil de centro cultural, bem como o primeiro museu do país a acolher as tendências artísticas surgidas após a Segunda Guerra Mundial. O MASP possui a mais importante e abrangente coleção de arte ocidental da América Latina e de todo o hemisfério sul, em que se notabilizam sobretudo os consistentes conjuntos