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Entenda a declaração de independência do Kosovo

O Kosovo declarou sua independência neste domingo, em relação à Sérvia, tornando-se assim um novo país.
A declaração aconteceu durante reunião extraordinária do Parlamento. A decisão, unilateral, foi anunciada pelo premiê do Kosovo, Hashem Thaçi. A declaração foi aprovada por 109 votos a zero, com 11 deputados ausentes.
Arte Folha Imagem

A independência da província foi um processo longo, iniciado com o fim da antiga Iugoslávia, em 1991, e que deve trazer conseqüências para todos os países da região dos Bálcãs.
Desde a intervenção armada da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em 1999, a chamada Guerra do Kosovo, a província está sob administração da ONU (Organização das Nações Unidas).
Com a declaração de independência, a Sérvia ameaça bloquear suas relações diplomáticas com os países que reconhecerem a independência do Kosovo, principalmente os Estados Unidos e os países da UE (União Européia), como já havia antecipado o presidente sérvio, Boris Tadic.
A Sérvia rejeita a declaração de independência afirmando que é "um ato de separação evidente e unilateral, de uma parte do território da República da Sérvia e, portanto, sem validade."
A Rússia --aliada histórica da Sérvia-- também se opõe à independência do país. Os russos, que já passaram por duas guerras contra rebeldes separatistas na Chechênia, afirmam que o apoio dos EUA e da Europa pode levar uma "crise incontrolável" nos Balcãs.
Com dois milhões de habitantes, cerca de noventa por cento da população do Kosovo são de etnia albanesa. No país ainda há entre 100 mil e 120 mil sérvios, depois que mais de 200 mil deixaram a província nos últimos oito anos diante do cerco e das revanches dos extremistas albaneses.
Os que ficaram na província vivem no norte, vizinho ao resto da Sérvia, e em vários enclaves do centro e do sul. http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u373229.shtml - 17/02/2008

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