Movimento operário no brasil

Operariado se organiza
Até o século XIX, São Paulo era uma cidade pobre, habitada por pessoas simples. Foi o café que a urbanizou e modernizou. Surgiram ricos fazendeiros, banqueiros e industriais que construíram palacetes nos Campos Elíseos e na Avenida Paulista. Os operários concetraram-se nas áreas centrais Imigrantes italianos e espanhóis, desiludidos como duro trabalho da lavoura, migraram para a capital do Estado, onde constituíram a maior parte do operariado. A utilização de mulheres e crianças com e em bairros fabris, vivendo em cortiços e vilas operárias. Salários baixos que os dos homens, condições precárias, disciplina rígida, ameaças, multas, dispensas e ausência de leis caracterizavam as relações de trabalho. Sob influencia das ideologias trazidas da Europa, os operários organizaram jornais, associações de ajuda mútua, sindicatos e greves, reprimidos pelo governo. Crianças trabalhavam na indústria para complementar a renda familiar, desempenhando funções de adultos. Não frequentavam escolas. Como por exemplo, enfrentavam jornadas das 19h às 6h, com apenas meia hora de pausa. Além das atividades nas fábricas realizavam biscates, vendiam bilhetes de loteria e jornais, eram engraxates. Mas a vida das crianças não era só trabalho. Brincavam nas ruas pouco movimentadas e jogavam futebol nos campos de várzea, com bolas de meia (as de couro eram caras).
Diante dessa situação, a classe operária começou a se organizar para lutar por melhores condições de vida e de trabalho. No Brasil, essa organização também esteve relacionada à vinda dos imigrantes, que trouxeram e divulgaram as principais ideias do movimento operário europeu, como o comunismo, o anarquismo e o anarcossindicalismo.
Os comunistas achavam que os trabalhadores deveriam formar um partido político para chegar ao poder. Os anarquistas, por sua vez, defendiam o fim do Estado e da propriedade privada. Eles acreditavam que os operários deveriam se