Motivação no Serviço público
9.1 INTRODUÇÃO
Os estudiosos da política agrícola identificam, pelo menos, quatro funções da agricultura: (1) reduzir custos de produção: (2) estabilizar a renda do produtor: (3) prover de crédito, tanto para investimento como para custeio: (4) gerar excedente para exportação, de acordo com o balanço agrícola, isto é, exportar o excesso e importar as deficiências de produção.
De 1500 a 1930 a economia brasileira viveu sob ampla proteção estatal. Celso Furtado (livro estudado na edição de 1976, mas, que em 2008 chegou à 34ª edição), em texto escrito em 1956, demonstrou cabalmente a socialização das perdas e a privatização dos lucros por parte dos senhores rurais. Este modelo de crescimento é conhecido como primário-exportador. Porém, depois de 1930, o modelo de substituição das importações privilegiou a industrialização brasileira, ficando a agricultura “marginalizada” de auxílio estatal (na verdade, a agricultura de exportação sempre foi subsidiada, malgrado o segmento de subsistência). A grande ênfase a partir de 1930 foi colocada na industrialização. O Estado funcionava como veículo de transferência de renda da agricultura exportadora para a indústria, via divisas geradas com as exportações, notadamente de café, cacau, fumo, sisal, depois, de soja, minério de ferro, carne, dentre outros.
Tendo sido iniciado a implementação da política de preços mínimos no Brasil, houve fortes mudanças na estratégia de intervenção do Estado no setor agropecuário, no segundo governo Vargas, ocorrendo sua intensificação. Esse período de (1951-54) foi conhecido