Modernismo

Mário de Andrade e o Modernismo.

Mário Raul de Moraes Andrade foi um dos fundadores do modernismo brasileiro,ele praticamente criou a poesia moderna brasileira com a publicação de seu livro Paulicéia Desvairada.
Andrade foi a figura central do movimento de vanguarda de São Paulo por vinte anos. Ele esteve pessoalmente envolvido em praticamente todas as disciplinas que estiveram relacionadas com o modernismo em São Paulo,tornando-se polímata nacional do Brasil.
Mário de Andrade ainda foi a força motriz por trás da Semana de Arte Moderna, evento ocorrido em 1922 que reformulou a literatura e as artes visuais no Brasil,tendo sido um dos integrantes do “Grupo dos cinco”. As idéias por trás da Semana seriam melhor delineadas no prefácio de seu livro de poesia Paulicéia Desvairada e nos próprios poemas.

A historiografia literária brasileira costuma dividir em 3 fases o Modernismo brasileiro. Os marcos cronológicos da primeira fase,também conhecida como “heróica”,são o ano de 1922,quando realizou-se a semana de arte Moderna em São Paulo, e o ano de 1930 quando ocorreu a publicação de Alguma Poesia, de Carlos Drummond de Andrade, dando início a um novo período. No entanto, bem antes de 1922 os artistas participantes da Semana já produziam obras influenciadas pelas novas correntes européias,que debatiam e divulgavam pela imprensa. Assim a realização da Semana de 22 apenas reuniu e apresentou a um público bastante restrito alguns dos artistas paulistanos e cariocas que já vinham cultivando modernas formas de expressão. Entre esses artistas estava Mário de Andrade.

A necessidade de consolidar a nova estética, de definir seus rumos, de romper os padrões literários do passado conferiu ao Modernismo da primeira fase um alto grau de radicalismo. Mário de Andrade afirmou, a respeito da violência com que se processou a ruptura com o passado: “(...)se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do movimento modernista. Isto é, o seu sentido verdadeiramente específico.