mobilizaçao ditadura

O golpe militar, é claramente um golpe contra as massas que evoluíam em um sentido revolucionário sobre a base da crise do regime político e da divisão da própria burguesia.O governo nacionalista dava cada vez menos conta de segurar e canalizar os movimentos para os marcos do próprio regime político burguês. João Goulart já estava sendo ultrapassado pelas mobilizações de massas realizadas por trabalhadores e estudantes em todo o País. O Golpe Militar de março de 1964 foi então a tentativa desesperada da burguesia brasileira de jogar água fria na crescente radicalização das massas que estavam em plena ebulição revolucionária naquele momento.Aliadas na ofensiva da burguesia estavam a maioria das velhas direções sindicais pelegas, tradicionalmente ligadas à burguesia que se passaram para o lado do novo regime. Por um lado o trabalhismo do PTB,e o PCB, dominado pela burocracia stalinista que levava uma política oportunista em aliança com a própria burguesia. A classe operária, que viu estes dirigentes capitularem sem luta diante do golpe, passou a evoluir, já sob a ditadura, para superar essas direções pelegas, no momento em que a repressão aumentava, o arrocho salarial e a submissão ao capitalismo eram aprofundados, essas direções, ali onde ainda conseguiam agir, atuavam como freio do movimento de massas.O período de refluxo não durou muito. De 64 a 67 ocorreram algumas mobilizações pontuais, no entanto, se passaram apenas quatro anos para o Brasil assistir a um período intenso, embora curto, de mobilizações, que ultrapassaram as velhas burocracias e mostraram o surgimento de uma nova direção sindical. O Brasil seguiu a tendência internacional, com estudantes e trabalhadores se levantando em vários países.
Os militares perderam popularidade de forma progressiva, em função dos resultados econômicos pífios, do clima de insegurança reinante, pois cada um que conversava com você podia ser um dedo duro, um araponga, que podia lhe denunciar como comunista, mesmo que você