Mito e Realidade

1) O objetivo do texto é estudar o mito nas sociedades aonde ele ainda é vivo ou então esteve vivo em um passado recente. Em ambas situações o mito serve como um modelo para o entendimento do comportamento humano. Segundo Bronislav Malinowski (citado por no texto de ELIADE, M. p.23) “O mito, quando estudado ao vivo, não é uma explicação destinada a satisfazer uma curiosidade científica, mas uma narrativa que faz reviver uma realidade primeva, que satisfaz a profundas necessidades religiosas, aspirações morais, a pressões e a imperativos de ordem social, e mesmo a exigências práticas (…)”.

2) Há duas definições de mito no texto. A primeira definição designa o mito como ficção ou ilusão remete ao mundo antigo e a cultura judaico-cristã. Na antiguidade, Xenófanes (cerca de 565-470) foi o primeiro a criticar e rejeitar as divindades mitológicas dos gregos. Em seguida, os gregos foram progressivamente esvaziando o mythos de seu valor religioso e metafísico. Ao mythos se opõe inicialmente o logos e também posteriormente à história. Já a cultura judaico-cristã descreve como falsidade ou ilusão tudo o que não pode ser justificado pelos dois Testamentos da Bíblia.

A segunda definição de mito é utilizada por etnólogos, historiadores de religiões e sociólogos para o estudo de sociedades arcaicas e tradicionais. O mito para esses profissionais é uma história sagrada que descreve como em um tempo primordial ou no princípio dos tempos devido as façanhas das dos Entes Sobrenaturais uma nova realidade se iniciou. A narrativa de um mito sempre descreve como criação de algo começou a ser ou foi produzido. É o mito que fundamenta o Mundo e converte a realidade para o que ela é hoje, ou seja, o homem é um ser mortal, sexuado e cultural.

2.1) A mitologia primitiva ou arcaica é que foi descrita por etnógrafos, missionários e viajantes por meio da oralidade e se encontrava viva naquela sociedade visitada no momento que a narração das histórias mitológicas acontece. Ela se opõe