Misterio

INTRODUÇAO

O presente artigo, buscará apresentar uma visão antropológica da pessoa humana como um projeto de comunhão que se realiza na relação com o outro na tensão histórica, onde o rosto do oprimido se manifesta como imperativo ético que apela à personalização.

Portanto, a Pessoa humana parece relativa.Como superar a superficialidade? E quantos aos direitos inalienáveis? Seus direitos parecem não mais respeitados. E quando se trata de sua realização por meio do trabalho encontramos lacunas que deveriam superadas. A coisificação do trabalho esta provocando grandes problemas. Relativizando a pessoa, acaba absolutizando o relativo.

1. PESSOA HUMANA MISTÉRIO DE COMUNHÃO

Na história ocidental, a filosofia grega é apontada como ponto inicial da reflexão do homem sobre o homem. Dentre os principais pensadores está o filósofo Sócrates, que inaugura um período de sistematização da antropologia com sua célebre convocação: “Conhece-te a ti mesmo”. Nela já se encontra o caráter mistérico da pessoa humana, marcado pela atitude existencial de questionar-se acerca da própria realidade, estreitando os laços de relacionamento consigo mesmo. As sementes da reflexão filosófica sobre o homem encontram-se bem antes, já no período pré-socrático, quando diante do cosmos surge a admiração e o espanto, que se originam as perguntas sobre qual o arqué de tudo que existe. Na postura de admiração ou espanto está o pressuposto de uma existência humana que se lança para fora de si no sentido de buscar conhecer a realidade que a cerca, revelando a si próprio como um ser que é interpelação e fascínio, ou seja, mistério. No encontro com o cosmos o homem pergunta sobre si mesmo e ainda sobre Deus. Na sua cosmologia esconde-se uma compreensão sobre o próprio homem. Portanto, “onde se manifestam vestígios da cosmologia ou teologia, quer dizer que há antropologia” (FLORES, 1985, p.24) Mas não é só na relação consigo e com o cosmo que se encontra o