Mini Ensaio TO I

Dominação Carismática

Max Weber, em sua obra “Economia e Sociedade”, descreve, além de vários outros tópicos, o conceito de dominação, os três tipos básicos dessa dominação e suas respectivas características, e também os motivos que levam os dominados a obedecerem ao líder.
Explica dominação como a possibilidade de encontrar respeito e obediência para ordens específicas num certo grupo de pessoas. Ela tem três tipos básicos: a dominação racional, que seria a crença no direito de mando de um indivíduo que foi nomeado para exercer tal função; A dominação tradicional, que seria baseada nas crenças e tradições, levando a legitimidade em um líder sobre uma determinada sociedade; E a dominação carismática, que se define como a veneração sobre um homem, seja por fatos históricos, heróicos ou até do caráter exemplar dele. Se existe obediência a esse líder, consta ao menos um dos motivos descritos pelo próprio Weber para que a relação entre as partes seja válida, que seriam por costume, por ligação afetiva, interesses materiais ou ainda motivos de razão ideal, referente a valores.
Mais especificamente sobre a dominação de caráter carismático, não precisamos voltar muito na historia mundial para que consigamos alguns exemplos claros. Talvez o mais clássico seja Hitler com a ascensão do nazismo alemão na primeira metade do século XX. Além desse, podemos considerar Napoleão também como líder carismático na França do século XVIII, embora a sua idolatria não seja somente por este fato, visto que são levadas em consideração muitas outras características para que se legitime o poder. No Brasil, também temos algumas situações parecidas com essa ultima: os governos populistas e também o governo Lula, que são conhecidos pelo seu notório carisma, e também envolvem um pouco da dominação racional.
Objetivamente, a ascensão de Hitler ao poder é a maneira mais didática de demonstrar o poder do carisma. Ele nasceu numa cidade no lado Austríaco da fronteira com a Alemanha, e