meus sociologia
O personagem de Jim Carrey representa um típico cidadão americano e na história é o único que não sabe que sua vida é uma invenção. Tudo em sua vida é uma projeção da realidade fora do estúdio onde são feitas as gravações. A descoberta do mundo real ocorre quando é atingido por uma câmera, que cai sobre ele. A partir de então, começa uma série de suspeitas, modificando totalmente sua relação com o mundo em que está inserido. Tudo passa a lhe ser suspeito e o personagem inicia uma busca sobre a verdade do que está por trás das câmeras.
Num dado momento do filme, o criador do programa Christof participa de um programa de entrevista e é questionado pelo entrevistador sobre o fato de Trumam nunca ter questionado sobre “a natureza do mundo em que vive”. A resposta dada por Christof é a de que o homem usualmente aceita o mundo e a realidade como lhe é apresentada. Truman poderia ir embora quando quisesse, mas era conveniente o mundo em que estava inserido.
De modo análogo, no mito da Caverna de Platão, os personagens da alegoria também vivem num mundo projetado, não real. E, da mesma forma que Truman, não distinguem o mundo das aparências e o mundo das realidades.
Na “Caverna das Aparências” de Platão, a alegoria de ilusão da realidade era dada por sombras que, projetadas dentro da caverna e as algemas, representam a forma como os pré-conceitos são tidos como verdades, pois vivenciados cotidianamente, amarram e limitam a compreensão. Trumam Burbank, da mesma forma, se vê amarrado pela rotina da ilha em que vive, pensadas e executadas pela produção do programa a fim de torná-lo uma pessoa passiva e alienada.
No entanto, assim como um