Meus professores inesqueciveis

Meus Professores Inesquecíveis

Tenho uma memória péssima! E ao ser abordada sobre meus professores inesquecíveis, ao primeiro momento pareceu- me que existia uma grande lacuna em minha mente. Tentei lembrar de meus professores da primeira, segunda, terceira séries ....e nada. De repente veio alguns fatos e imagens... Lembro de uma professora ( 7ª ou 8ª série) enérgica, uma voz potente que nos mandava decorar 50 perguntas e respostas pois as mesmas iriam " cair " em uma prova. Eu ficava dias e noites decorando várias questões de ciências e tirava dez! Me sentia o máximo, Dona Geni sorria para mim e eu me sentia aceita e acolhida. Lembro também de Dona Eva, professora de literatura. Tínhamos que ler determinado livro e nosso grupo tinha que contar sobre ele para a aula toda. Lembrei das tardes que nos reuníamos em minha casa, comentávamos determinados trechos, pintávamos a capa do livro, organizávamos quem seria responsável e pelo que. O sentimento de ansiedade ao apresentar o trabalho transbordava. Até hoje lembro da " Baleia", cadela de Vidas Secas de Graciliano Ramos. A partir dai a minha relação com os livros passou de uma obrigação à um prazer imenso. Em mais um " flash" da minha memória lembrei de uma professora de matemática que sempre me mandava, e somente eu, ir ao quadro resolver determinada questão. Lembro do rosto, da felicidade dela quando errei na primeira vez e minha revolta pela sua satisfação . Daquele momento em diante comecei a resolver cálculos e mais cálculos em casa para eu nunca mais visse aquela expressão facial. Vale dizer que passei a gostar de ver a insatisfação dela e a minha felicidade acertando sempre os resultados. E houve o professor Arturo, Sociologia, pedia que lêssemos determinados assuntos que seriam abordados em uma próxima aula. Dávamos nossa opinião, discutíamos, argumentávamos e concluíamos o assunto relatado. Sentia que fazia parte de um grupo e minhas opiniões eram respeitadas. Todos eles foram importantes: os bons e