METOPAS DO PATERNON

Especialização em História Antiga e Medieval
História e Arqueologia da Grécia Antiga
Eduard Henry Lui – Matrícula No: 56

É com certeza o que, ainda hoje, impressiona o visitante que chega a Atenas: aquelas vestes de mármore de que se atavia a Acrópole. (MOSSÉ, 2008, 145)

Assim pode ser adjetivado o Partenon: um símbolo duradouro da Hélade e da democracia. No século VI foi convertido numa igreja cristã dedicada à Virgem Maria e depois da conquista turca foi transformado numa mesquita. Construído na Acrópole de Atenas, abrigando a estátua de ouro e marfim da deusa Atena, ainda hoje, o que restou em sua construção chama atenção e atrai milhares de pessoas. É reconhecidamente um dos maiores monumentos culturais da humanidade. No entanto, partes deste monumento foram retiradas de seu local original e levadas para museus em diferentes lugares para apreciação e estudos. A historiadora Claude Mossé, em seu livro Péricles, o inventor da democracia, cita que a decoração das métopas – algumas das quais ainda se encontram em seus lugares, outras em diferentes museus...(MOSSÉ, 2008, 152), suscita a discussão: será que esta ação prejudica o estudo e apreciação da história. A posteridade perdeu ou ganhou com a remoção de partes dessa grandiosa obra? Construído sob a liderança de Péricles que governou Atenas entre os anos de 465 a 469 a.C. aproximadamente; o Partenon reflete a grandiosidade e singularidade do período. Grandiosidade no sentido da riqueza vivida pela pólis nesse período – possivelmente graças à liderança da Liga de Delos – e singularidade por vivenciar um regime político que diferia totalmente dos modelos políticos praticados até então, um período que podemos afirmar, de participação ativa dos cidadãos nas decisões de governo. As obras da Acrópole ocorreram após as guerras contra os persas. Em um primeiro momento a preocupação da cidade foi em refazer suas muralhas e defesas, em seguida reforçar sua maior arma, a frota naval. O passo seguinte foi